Tablet ou desktop? O verdadeiro aliado para o futuro profissional

Tablet ou desktop? O verdadeiro aliado para o futuro profissional

Com o desenvolvimento meteórico da internet e o barateamento dos processos de fabricação de produtos tecnológicos, o computador ficou cada vez mais acessível e, num piscar de olhos, deixou de ser artigo de luxo para assumir o lugar de equipamento comum na vida das pessoas. Desde então tem marcado presença nas casas, escritórios e principalmente nas escolas. Incorporou-se de tal forma, que entender dessa ferramenta parece ser algo muito “natural”. Porém não é o que se observa.

De fato, as facilidades do mundo digital estão criando experts em navegação nas redes sociais e uma sociedade mais crítica; e isso é muito bom. Em contrapartida, tantos benefícios estão construindo uma sociedade com sérias dificuldades em aplicar conhecimentos básicos de informática como utilizar recursos do Windows Explorer ou escrever e formatar em um editor de texto simples, por exemplo.

Enquanto estamos na esfera do entretenimento esse desequilíbrio aparenta ser pouco impactante. O problema se agrava quando a formação e alfabetização digital de jovens e crianças ficam comprometidas a ponto de não aprenderem os conceitos fundamentais de informática nem em casa e cada vez menos nas escolas, o que é alarmante. Coloca-se o computador apenas como um coadjuvante para o aprendizado de outros campos do saber. Prega-se o seu uso para aprender tudo, menos para aprendê-lo.

As consequências são perceptíveis. Jovens estão chegando ao mercado de trabalho sem o mínimo necessário de conhecimento em hardware e software e sofrem quando percebem que suas habilidades em informática se resumem vagamente em navegação na internet e redes sociais. Não que essas habilidades não tenham a sua devida importância. O fato é que a cobrança vai muito mais além. Num mercado competitivo como o nosso, o conhecimento é critério de diferenciação.

Essa miopia impacta e muito na educação, sobretudo nas séries iniciais, porque algumas escolas estão, erroneamente, retirando a informática de suas grades ou acreditando que apenas inserindo tablets nas aulas será o suficiente para que ele o aluno aprenda informática. A partir daí cria-se uma ideologia de que a criança não precisa entender o uso do computador e suas possibilidades reais de trabalho, pois esses conhecimentos já vêm de berço. O erro reside em usar a máquina apenas como apoio pedagógico para as demais disciplinas, desprezando-se os meios pelos fins.

A pergunta chave é se diante desse cenário os alunos de hoje estarão realmente capacitados para utilizar o computador como ferramenta de trabalho? Conceitos básicos como criar uma pasta, organizar arquivos, formatar textos e elaborar planilhas seriam tão intuitivos assim ao ponto de as escolas ficarem isentas da responsabilidade de ensiná-los?

É preciso rever certos conceitos e fazer do computador e das novas tecnologias dois grandes aliados para a inclusão digital das nossas crianças. O uso de tablets pode sim ser um grande diferencial nas aulas de língua portuguesa, história, geografia, dentre outras matérias como ferramenta para pesquisa. Porém, é preciso saber separar o que é entretenimento do que é capacitação profissional, a fim de garantir que a alfabetização digital seja ampla, democrática e útil para a vida profissional.

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